Relatório do setor de Fintech do Brasil 2024-2025
Panorama do setor
O Brasil é o país com o maior número de fintechs da América Latina, o que se deve a vários fatores que favoreceram o surgimento e o crescimento do setor. A grande população do país e o sistema bancário altamente concentrado, com inúmeras barreiras, tornam as fintechs particularmente atraentes para os clientes. Além disso, os avanços regulatórios incentivaram e facilitaram as oportunidades de desenvolvimento no setor.
As empresas do sector das fintechs alargaram as suas carteiras de serviços, chegando a um número crescente de empresas e particulares. Consequentemente, as fintechs têm desempenhado um papel significativo no aumento da inclusão financeira no Brasil, alavancando a eficiência dos sistemas digitais no contexto moderno de hoje.
Modos de entrada
A vasta gama de serviços existentes e potenciais no sector das fintech é responsável pelo fluxo de novos operadores. No entanto, as fusões e aquisições também têm sido fundamentais para impulsionar o crescimento do sector. Recentemente, os operadores financeiros tradicionais deram passos significativos para reforçar as suas capacidades digitais e alargar as suas ofertas de serviços.
Consequentemente, as principais instituições financeiras adquiriram empresas fintech para as integrar nas suas operações principais ou para desenvolver novos fluxos de receitas através de diferentes modelos de negócio. Por exemplo, em junho de 2023, a empresa americana de serviços de cartões de pagamento Visa adquiriu a Pismo, uma plataforma brasileira de processamento de pagamentos baseada na nuvem, por 1bn de dólares. Com esta aquisição, a Visa integrará soluções de processamento bancário e de emissão de cartões de débito, pré-pagos, de crédito e empresariais através de aplicações nativas da nuvem.
Oportunidades do segmento
O Brasil tem um setor bancário altamente concentrado, o que tem levado a spreads de crédito excessivamente altos e, portanto, as fintechs surgem como uma solução para democratizar o crédito. As fintechs têm se concentrado principalmente no empréstimo de cartões de crédito e empréstimos pessoais para indivíduos sem registros robustos de crédito ou renda. De acordo com SandroReiss, que lidera a Associação Brasileira de Crédito Digital, há espaço para as fintechs diversificarem suas carteiras de empréstimos, aventurando-se em empréstimos que envolvam garantias, como folha de pagamento, recebíveis, investimentos financeiros ou ativos digitais.
Panorama do setor
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as perspectivas econômicas globais melhoraram, com a inflação diminuindo mais rápido do que o esperado, permitindo que os bancos centrais reduzam suas taxas de juros e levando a uma recuperação da confiança do setor privado.
No caso do Brasil, o crescimento do PIB em termos reais foi revisto em alta, de 1,2% ao ano em novembro de 2023 para 1,9% ao ano em maio de 2024, devido ao crescimento robusto do emprego, aos aumentos do salário mínimo e à diminuição da inflação, o que deverá apoiar o investimento em capital de risco. De fato, de acordo com o relatório de capital de risco do think-thank brasileiro Distrito, em abril de 2024, as startups latino-americanas receberam USD 356,7 milhões de capital, representando um aumento de 83% em relação ao mesmo mês de 2023. Desse total, as fintechs receberam o maior aporte, de USD 122,1 milhões. De acordo com Gustavo Gierun, cofundador e CEO da Distrito.
Principais indicadores econômicos

Principais indicadores do setor*

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